por Carol Camocardi
Gosto, ou não gosto? Será que é tão simples assim? Somos livres para saber do que gostamos? Conhecemos a nós próprios o suficiente para entender de onde vem nosso gostar?
Gostar é achar agradável, é apreciar. Quando gostamos de alguma coisa, temos essa sensação de prazer e julgamos ser bom. Quando saímos às compras achamos que gostamos de uma porção de coisas. Enchemos o carrinho de compras e sem pensar muito, estamos no provador, em frente ao espelho do “gosto, não gosto”. É o momento que o tempo para. As horas viram minutos e ficamos distantes da realidade.
Este é um comportamento padrão, mas que por diversas vezes acaba nos levando a problemas sérios, tanto financeiros, quanto de autoimagem. Esses dois universos estão completamente ligados, pois por muitas vezes e para sustentar uma imagem acabamos destruídos no cartão de crédito. E como uma saída, podemos observar nossos gostos na tentativa de reduzir gastos e nos conhecermos melhor.
Podemos não ter consciência do porquê gostamos, mas internamente temos a resposta.
Quantas vezes olhamos no espelho e sentimos lá dentro uma estranheza? Podemos não entender o que está acontecendo, mas sabemos que não se encaixa, como se fosse um quebra-cabeça em que uma peça não acopla na outra. Neste momento é o seu eu quem está falando: “Não tem harmonia, equilíbrio; tira isso”! É um pedido de ajuda, uma sirene que apita: “Socorro!”.
Na maioria das vezes nem escutamos nossos pedidos internos, muitos nem sabem que eles existem e assim pouco a pouco vamos construindo uma casca de alguém que não somos, até que um dia a máscara fica tão pesada, que cai.
A forma mais fácil e eficiente de quebrar essa casca é nos conhecermos realmente. Tendo consciência de quem somos, nossa imagem é apenas um reflexo do que vivenciamos internamente. Falar parece fácil, mas o trabalho de autoconhecimento é constante, diário e a conta-gotas. Um exercício de vida que apesar de duro e ao mesmo tempo simples, é quando você se propõe a fazê-lo.
Então, use todo tempo diante do espelho, nesses minutos infinitos dentro do provador, para reconhecer essa estranheza.
Quando se experimenta uma roupa, também há uma experiência interna acontecendo; ela pode ser boa ou ruim e vai depender do quanto aberta você está naquele momento.
A continha é fácil, como somar ou subtrair, quando veste algo, olha no espelho e se sente bem, pense duas vezes, não arranje desculpas de que é tendências, vi na revista, pois seu “eu” interno estará dizendo não. Separe apenas as peças que gostou.
Depois com as peças separadas, considere-as quando a vida útil e sua real necessidade. Esse é um cálculo rápido para não desestabilizar o orçamento do mês e ao mesmo tempo um exercício simples de autoconhecimento.
Quando nos conhecemos, sabemos o que se encaixa; os gostos se tornam orgânicos. Faz parte de quem somos e conseguimos com segurança carregar qualquer imagem, porque ela é verdadeira.
Você pode até se dar ao luxo de gostar de algo não belo, se aquilo faz sentido dentro do seu quebra-cabeça interno e não terá a “tal” estranheza quando olhar da próxima vez no espelho.
Os nossos gostos sempre tem uma fonte, seja ela interna ou externa. Basta saber filtrar com coerência a porcentagem de cada uma para não cair na ardilosa armadilha da tendência - assunto de um próximo post.
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"Desenvolvi o conceito da Imagem Consciente com consultorias personalizadas e cursos online de Consultoria de Imagem e Coloração Pessoal com foco no autoconhecimento, desconstrução de paradigmas e reorganização de conceitos de imagem pessoal. Ajudo você a expressar seu brilho."
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