por Carol Camocardi
Nos mulheres lutamos pela liberdade, conseguimos escapar do espartilho na década de 20 e caímos na armadilha do sutiã.
Não discuto a funcionalidade, porém o aprisionamento imposto em “ter que” usá-lo.
Quando digo sutiã, entenda a peça que cobre as mamas, seja ele um top, apenas com tecido ou os mais sofisticados com bojos e barbatanas.
Já parou para pensar como o bojo traz um imenso desconforto?
Ele aperta as mamas, até os vendidos como os mais confortáveis, desloca-as do lugar natural.
Já a barbatana é usada para levantar os seios deixando-os ainda mais fartos ou no “devido lugar”.
E de que lugar é esse que estamos falando?
Aquele ilusório do padrão de beleza (de quando temos 20 anos, é claro) onde os seios são altos, empinados e durinhos.
E assim, o conforto que as mamas precisam para enfrentar o ciclo menstrual vai para o espaço.
Elas são colocada em prisão e mentalmente pensamos: fique aí, imóvel. Praticamente uma brincadeira de estátua.
Já as outras peças que são apenas de tecidos ou rendas (como os sutiãs antigos) são usados, não tanto para a sustentação, mas para que não aparecem a areola e/ou o bico do seios sob as roupas.
Hora, o que tem de mal em aparecer? Porque temos tanto tabu pelos seios? Eles são a primeira fonte de nosso alimento, deveríamos ter mais respeito.
Além de toda questão estética trago a reflexão de como essa peça aperta nosso cardíaco (ponto de energia que temos entre os seios).
Quando estamos angustiadas, tristes, essa região dói e sentimos um aperto. E mesmo assim, “devemos” aguentar uma peça que faz ainda mais força em um local que já está gritando por cuidado. Me parece insano o que fazemos.
Não estamos tão livres como imaginamos, estamos mais perto daquelas mulheres que usavam espartilho do que da liberdade sonhada.
Outro dia meu pai me disse: filha, você vai sair sem sutiã? Respondi: pai, já não uso sutiã há 5 meses, meus peitos estão libertos.
Convido vocês, mulheres, a vivenciarem a vida sem sutiã.
Se não uma vida inteira, que seja por alguns momentos. Permita-se realmente ser livre. Deixe seu cardíaco respirar. Sinta o peso que sairá de você e venha me contar.
E para ajudar no autoconhecimento, te convido para assistir uma aula gratuita do Curso on-line de Consultoria de Imagem.
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